segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Será que um sábio famoso é melhor do que um grande sábio?


Será que um autor de bestseller tem mais a dizer do que alguém que escreveu um livro brilhante que não vendeu nada?

Será que um professor titular na Universidade de Yale merece mais crédito do que alguém fazendo um trabalho inovador numa escola pública local?

Se o violinista no metrô tem tocado para casa cheia, isso faz dele melhor do que a até então desconhecida cantora da próxima esquina?

Para bens materiais, uma marca de confiança, certamente aumenta a probabilidade de compra pois o risco é menor. Imaginamos que é pouco provável que a Nabisco nos venderá um biscoito sem sabor de que alguma marca desconhecida na loja de alimentos saudáveis. Para um novo sabor, a marca torna a escolha mais fácil.

Com uma ideia é diferente, entretanto, pois o único custo aparente é o tempo que gastamos para ouví-la. (Isto não é verdade, claro).

E mesmo assim, nós hesitamos em investir tempo para ouvir ideias de fontes pouco conhecidas. Não é justo com o inventor, mas é a verdade.

Eu penso que isto está mudando, e rápido. A permeabilidade da web significa que você não precisa começar no topo, você não tem que ser escolhido pelo TED ou por um grande blog ou por ninguém influente. Escolha você mesmo.

É fato que quando você se escolhe, as pessoas provavelmente não abraçarão sua ideia (no começo). Isto porque o risco pessoal em ouvir novas ideias vinda de novos lugares está no medo que nossas opiniões sobre a nova ideias não bata com a opinião do outro. O risco real de interagir com ideias não testadas está no medo de como poderemos reagir de maneira que nossos pares não esperam. O desejo de nos sentirmos inseridos geralmente esmaga nossa curiosidade.

Leva um pouco de trabalho (e muito de sorte) para atingirmos o nível da fama. A questão que pode valer à pena é perguntar se o esforço está relacionado com a qualidade das ideias embutidas. Harvard está aí há por quase 400 anos. Isto não significa que o nome da marca vale tanto quanto nós podemos estar dispostos a acreditar nela.

As marcas começaram com cerâmica, cerveja e biscoitos. Hoje elas afetam a forma como nós pensamos sobre ideais, pessoas e até mesmo ciência. Comprador, fique atento.

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Traduzido por Silvio Luis de Sá . Texto original em Seth's Blog

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