segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Desperdiçando Gravetos

A madeira mais valiosa do acampamento são os galhos e ramos secos usados para se acender o fogo.

É dificil imaginar desperdício maior do que cozinhar uma refeição inteira usando somente gravetos. Eles queimam rápido e fortemente, mas não duram. Você até pode cozinhar alguma coisa, mas não haverá nada para o próximo companheiro. Não, a técnica mais útil é usar toras maiores para que o fogo dure usando o mínimo de gravetos possíveis.

Isto, claro, é a minha analogia para marketing e promoção. Aquele link bacana num blog de design ou um comercial na TV, isto são gravetos. Se é disso que você depende, você está com problemas. Um fabricante que eu conheço me disse que ele ganha algo como trinta pedidos de um post num blog bem conhecido, e que ele precisa de um post como este por semana para manter seu negócio girando. Boa sorte para ele.

A dependência de promoções e RP começa assim. É o caminho mais fácil e preguiçoso para manter as vendas de um produto. Promova e reze. Queime seus gravetos, obtenha uma rápida atenção e bola pra frente.

Pode funcionar agora e mais um pouco, mas não é uma forma segura e escalonável para seu negócio crescer. Você precisa de tora grandes, algo que mantenha o sistema funcionando sem depender do fluxo constante de promoções. Como:
- um produto notável sobre o qual os clientes gostam de falar a respeito
- um produto com uma "viralidade" - algo que funcione melhor quando mais e mais amigos o tem
- uma estratégia para criação de "comunidades" para que cada novo cliente aumento o valor agregado da comunidade, criando um círculo virtuoso
- economia de escala para produção e marketing. À medida que você cresce, as coisas vão ficando mais baratas e mais em evidência

Todos as quatro estratégias acima são decisões intencionais - e não são fáceis - para profissionais de marketing e designers perceberem que eles tem opções sobre o que construir e como construir.

Usar todos os gravetos é esgoísmo e, em última análise, inútil.

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Traduzido por Silvio Luis de Sá. Texto original em Seth's Blog

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