quarta-feira, 27 de março de 2013

Rumo ao desemprego zero (Parte 1)



Há dúzias de gerações passadas, não existia desemprego, muito porque não existia empregos como qual o conhecemos. Antes da Revolução Industrial, o pensamento que deveríamos sair de casa para ir trabalhar num escritório ou numa fábrica era, claro, bizarro.

O que acontece agora que a era industrial está acabando? Enquanto os últimos dias desta era industrial se aproximam, estamos vendo os principais ativos da economia sendo substituídos por algo novo. Na verdade, é algo antigo, algo artesanal, mas agora numa escala gigantesca.

A era industrial era sobre escassez. Tudo sobre a qual nossa cultura foi construída, aumentou nossa produtividade e definiu  nossas vidas envolveram a busca por itens escassos.

Por outro lado, a economia conectada, nossa economia, a economia do futuro previsível baseia-se na abundância. Não, nós não temos recursos infinitos que costumávamos negociar e cobiçar. Não, nós também não temos tempo excedente. Mas nós, de fato, temos abundância de escolhas, uma abundância de conexões e uma abundância de acesso ao conhecimento.

Conhecemos mais pessoas, temos acesso a mais recursos e podemos alavancar nossas habilidades mais rapidamente e a um nível mais alto do que nunca antes.

Esta abundância nos leva a duas corridas. A corrida para o fundo que é o desafio de encher a internet com os preços mais baixos, procurando mão-de-obra mais barata e entregar mais por menos.

A outra corrida é a corrida para o topo: a oportunidade de ser uma pessoa que não se pode viver sem, de ser a pedra angular da qual sentiríamos falta se não aparecesse. A corrida ao topo concentra-se em entregar o máximo pelo máximo. Ela engloba as estranhas paixões daqueles que tem os recursos para fazerem suas escolhas, e os recompensamos com originalidade, notabilidade e arte.

A economia da conectividade continua a ganhar tração porque as conexões crescem, informação gera mais informação e acumula influência para aqueles que criaram esta abundância. Enquanto as conexões aumentam, elas paradoxalmente deixam mais fácil que outros também se conectem, porque qualquer um com talento ou paixão pode alavancar as redes criadas pelas conexões, aumentando o seu impacto. A economia da conectividade não cria empregos - onde somos recrutados e depois somos pagos - ela constrói oportunidades para que nós nos conectemos para depois corrermos atrás da nossa realização.

Assim como uma rede de telefonia se torna mais valiosa quanto mais telefones estiverem conectados a ela (escassez é a inimiga do valor numa rede), a economia da conectividade se torna mais valiosa quando nós entramos nela.

Amigos trazem mais amigos, Uma reputação nos traz a chance de construir uma reputação melhor. Acesso a informação nos encoraja a buscar ainda mais informação. As conexões em nossas vidas multiplicam e aumentam em valor. Nossas coisas, por outro lado, se tornam menos valiosas com o passar do tempo.

Empresas de sucesso perceberam que eles não estão mais no negócio de cunhar slogans, criar anúncios atrativos e otimizar suas cadeias de suprimento para reduzir custos.

 Freelancers e solistas descobriram que fazendo um bom trabalho por um preço justo não é mais suficiente para garantir o sucesso. Bom trabalho está mais fácil de encontrar do que nunca.

O que é importante agora:
- confiança
- permissão
- notabilidade
- liderança
- histórias para disseminar
- humanidade: conexão, compaixão e humildade

Todos estes seis são o resultado do bem sucedido trabalho realizado por gente que se recusa a seguir as regras da era industrial. Esses ativos não são gerados por estratégias externas, MBA's e memorandos de posicionamento. Eles são o resultado de uma luta interna, de decisões corajosas sem mapas ou previsões que permitem que outros vivam com dignidade.

Eles são sobre sair de dentro e não adequar-se, sobre inventar e não duplicar.

----------- Continua -------------


__________________________
Traduzido por Silvio Luis de Sá. Texto original em Seth's Blog

Nenhum comentário:

Postar um comentário