sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Entendendo o monopólio natural


Por que existe apenas um Twitter? Uma rede de telefonia centralizada?

Um monopólio natural é um negócio que beneficia seus usuários sendo um e somente um. Se existissem duas redes de telefonia incompatíveis, você precisaria acessar ambas para poder realizar uma chamada para alguém conhecido - e lembrar quem está em cada rede.

A lei de Metcalfe determina que o poder de uma rede aumenta ao quadrado do números de pessoas que a utilizam. Em redes, então, há uma penalidade real em se ter uma segunda rede.

Um custoso recurso compartilhado (como linhas de transmissão) são também monopólios naturais, já que o aumento de custo para adicionar mais usuários é muito baixo se comparado a construção de uma segunda rede bem ao lado da primeira.

É possível transformar um serviço que pode não ser um monopólio natural (um aplicativo que ajuda você a mapear seus exercícios) em um serviço que poderá ser (um aplicativo que permite você compartilhar seus exercícios com outros).

Muitos monopólios naturais existem no micro espaço, ao contrário do monopólio universal usados por todos como o telefone. Nós apenas "queremos" que haja uma feira de negócios para a nossa indústria, uma associação comercial, uma placa de certificação.

Com o tempo, até os monopólios naturais desaparecem, mas quando você olha para novos projetos inovadores (particularmente como um investidor) o golaço é descobrir qual é o próximo.

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Texto original em Seth's Blog

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

O Planejamento Estratégico em Marketing Digital


Por essas bandas tupiniquins, o marketing digital, infelizmente, ainda está sendo entendido pelas grande maioria das empresas como "presença digital". Ou seja, basta estar no Facebook e no Twitter, manter um blog conectado ao site institucional da empresa que a "presença digital" está garantida. Os posts publicado são, muitas vezes, propaganda de algum serviço/produto próprio cuja responsabilidade de botar no ar fica a cargo do estagiário (nada contra os estagiários).

A falta de compreensão do que, de fato, são as redes sociais e dos resultados que se pode obter com estratégias digitais sérias e concretas é enorme. Embora muito comentado, escrito e discutido, o marketing digital ainda não sensibilizou como deveria a maioria dos empresários brasileiros. Mesmo em grandes companhias e com as grandes marcas, a pensamento refratário a interação com os clientes/usuários é notório.

Como reverter este quadro? Como fazer crer juntos aos clientes corporativos que as estratégias do marketing digital devem ser levadas com a seriedade (e recursos) que as áreas estratégicas das empresas merecem? Resposta: com planejamento estratégico em marketing digital.

Com um planejamento estratégico em marketing digital (PEMD) é possível constatar quais os gargalos no atendimento ao cliente, por exemplo; perceber qual a relação da empresa com seus clientes, fornecedores e demais stakeholders; compreender quais ações são valorizadas pelos clientes e quais causam pouco impacto. Enfim, o PEMD é muito mais do que apenas "traçar estratégias"; é trazer a tona o ambiente na qual a empresa está inserida - e seus concorrentes - para, em coerência a isto, buscar alternativas de melhoras.

O novo canal digital que abre-se para todos nós pode ser um terreno fértil para novas oportunidades. Contudo, temos que ter em mente que neste novo - e desconhecido - ambiente as coisas não funcionam como funcionavam antes. Ou seja, não podemos pensar que com métricas antigas, publicidade tradicional e mesmo relacionamentos unidirecionais vão funcionar aqui.

O primeiro passo é ouvir e interagir com seus clientes (e o da concorrência). É estar disposto a não esperar apenas elogios (o que dificilmente ocorre) e saber resolver os problemas que geram as críticas e as reclamações. E depois disponibilizar à todos estas mudanças, procurar com ações e serviços, criar uma tribo para sua empresa. A sua tribo. E isto se faz com estratégias montadas a partir de um quadro realista da sua empresa. Ou seja, com planejamento estratégico. Lembre-se que as mais populares redes sociais podem não funcionar para sua empresa. O foco pode ser outro e somente com informações obtidas por meio de um levantamento sério e profundo é que elas levarão a conquista dos clientes e do mercado.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

"Se você não começar, você não vai fracassar"

Isto soa ridículo quando dito desta maneira.

Mas é claro, isto é ridículo. E (bem provavelmente) é a razão para você ficar patinando.

Pelo outro lado, não há dúvidas de que, "se você não começar, você irá fracassar."

O não começar e o fracasso nos levam precisamente ao mesmo resultado, com nomes diferentes.

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Texto original em Seth's Blog

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Parte de uma comunidade...


ou fora de uma comunidade?

Podemos escolher em "dar de volta", ou podemos escolher "dar".

Vendo a web como uma plataforma para generosidade é muito diferente do que vê-la como uma oportunidade em torná-la um caixa eletrônico. A forma como gastamos nosso tempo online determina não apenas se a comunidade que escolhemos cresce e prospera, mas decide se seremos ou não parte do que se está construindo.

"Com que eu posso contribuir hoje", pode ser o melhor caminho para se tornar parte da comunidade. Generosidade incansável nos aproxima.

A alternativa? As massas de navegadores da web gastam seu tempo desperdiçando tempo, conversando, clicando, enganando ou sendo enganados.

Quando pensamos nas verdadeiras comunidades as quais você faz parte, sua família, seus melhores amigos, as tribos que importam... claro que a decisão é fácil. Não tentamos ganhar dinheiro extra quando você divide uma conta de restaurante no jantar ou quando calculamos uma taxa interessante do mercado num empréstimo para um amigo. E ainda, quando estamos online, é fácil começar a racionalizar nossa forma de comportamento de curto prazo e egoísmo.

Tirar ou dar?

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Texto original em Seth's Blog

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Entendendo errado o que é qualidade


Kodak, obviamente, mandou no seu mundo. Eles chegaram o mais próximo de um monopólio que eles puderam por gerações.

Com o tempo, contudo, a companhia cometeu o erro de definir erradamente qualidade. Eles acharam que o que garantiria seu futuro seriam filmes com melhor fidelidade. E sem dúvida, eles entregaram a promessa de filmes cada vez melhores, com todas as coisas que um fotógrafo profissional poderia esperar.

Polaroid, por um tempo um concorrente intrometido da Kodak, caiu precisamente na mesma armadilha. À medida que ganhavam mercado, eles dobraram a qualidade da imagem, aumentando seus preços para suportar câmeras e filmes que pudessem competir com a liderança da Kodak em fidelidade.

Revelou-se que o que as pessoas na verdade queriam era a habilidade de tirar e compartilhar bilhões de fotos a um custo demasiadamente barato. A 'qualidade' que a maioria da base de consumidores queria era preço e facilidade, não qualidade de museu.

Essa confusão acontece o tempo todo. Qualidade não é uma medida absoluta. Não significa 'luxo' ou 'perfeição'. Significa manter a promessa que os consumidores querem que você faça.

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Texto original em Seth's Blog

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

O Simples Poder de Um dia

Existem pelo menos 200 dias de trabalho ao ano. Se você se comprometer a fazer simples tarefas de marketing um vez em cada um desses dias, ao final do ano você terá construido uma montanha. Aqui estão algumas coisas que você pode tentar (não faça todas, apenas algumas destas podem mudar as coisas para você):
  • Faça uma carta de agradecimento, pessoal e manuscrita, a um cliente
  • Escreva um post num blog sobre como alguem está usando seu serviço ou produto
  • Pesquise e escreva um post um pequeno artigo sobre como são as coisas na sua industria
  • Apresente dois colegas de trabalho de forma a criar oportunidades para ambos
  • Leia os primeiros três capítulos de um livro de negócios ou outro livro de "como fazer..."
  • Grave um video ensinando seus comsumidores a fazer alguma coisa
  • Ensine um dos seus empregados uma nova habilidade
  • Faça uma caminhada de 10 minutos, volte e gaste pelo menos 5 minutos botando no papel como você pode melhorar o que você faz pelo mundo
  • Mude algo no seu website e registre como isto muda as interações
  • Ajude, de fato, uma instituição sem fins lucrativos (levantando fundos ou fazendo doações)
  • Escreva ou colabore substancialmente um artigo do Wikipedia
  • Descubra algo novo que você não conhecia sobre sua equipe, cliente ou parceiro de trabalho
Pequenas pedras é tudo o que você precisa para fazer uma montanha.

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Publicado em Seth's Blog em 09/2012. Deu vontade de partilhar com vocês este artigo que, embora antigo, continua bastante atual como ações de marketing pessoal. Abraço à todos.


segunda-feira, 19 de agosto de 2013

"Você tem três minutos?" A preservação da banda-larga mental


Não são os três minutos que farão este favor a você. Todo mundo tem três minutos.

E nem é o barulho, o uso e desgaste da embreagem mental quando mudamos de uma tarefa para outra.

Para mim, e para muitas pessoas, é o vazamento da banda-larga mental.

Medo é o inimigo da criatividade, da inovação e do começar das coisas. A resistência as odeia - elas são arriscadas, elas podem não funcionar, então a resistência nos pressiona a não fazê-las.

Por outro lado, ela adora a noção da lista de coisas para fazer, dos favores, das multitarefas e sim, da contínua atenção parcial, isto porque são lugares perfeitos nos escondermos, lugares perfeitos para evitarmos o temido trabalho, mas ainda sim estaremos aptos para um dia de labuta, bem feito.

Mas se você não tiver mais nada a cumprir, mais nada para fazer, nenhum outro resultado mensurável a não ser aquilo que você prometeu fazer para você mesmo, se toda a sua banda-larga mental está concentrada nisto e somente nisto, então sim, você pode apostar que você será mais corajoso.

Andes de a conectividade da internet ter inundado tudo, eu conseguia pegar um trem, conectar meu Mac e não tinha mais nada a fazer nas próximas quatro horas a não ser escrever. Então eu escrevia. Uma vez comprei uma passagem para um lugar qualquer somente para eliminar toda alternativa possível... pura, inalterada banda-larga mental.

Vários lugares para ir, vários lugares para se esconder. Nenhum deles são tão importantes quanto entregar seu melhor trabalho hoje.

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Texto original em Seth's Blog

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

O fim dos livros (parte 2)

(Continuação do artigo O Fim dos livros...)

A RESPOSTA PAVLOVIANA irá desaparecer. Vou vai a uma livraria,quieta, civilizada, respeitada estufa de ideias. A pessoa com quem você interage lhe entrega um livro, o embrulha, lhe cobra um valor incrivelmente baixo e você vai para casa, pronto para se enroscar por cinco, seis ou trinta horas, imerso num novo mundo ou em novas ideias. E então você pega este volume o qual foi projetado para durar séculos sem nenhuma tecnologia necessária, compartilha com seus amigos ou guarda no lugar certo na sua estante. Seu cérebro foi conectado para ser ensinado a estar aberto as essas ideias, a respeitar o volume, porque todos os elementos do ecossistema, do autor que gastou um ano ao editor que foi o curador do livro para ser encadernado, impresso e vendido... todos eles estão alinhados perfeitamente para criar este método de consumo.

Nenhuma das mudanças, por si só, são suficientes para matar a venerável entrega da informação e a referência cultural como o livro. Mas e todos eles juntos? Estou escrevendo isto num trem cheio de educados passageiros, emergentes suburbanos de todos os gêneros e etnias (compradores de livros, até recentemente). Posso ver 40 pessoas numa olhada rápida e 34 estão usando dispositivos eletrônicos, dois estão dormindo e exatamente uma pessoa está lendo um livro tradicional.

Sim, estamos entrando numa nova era dourada para os livros, uma com mais livros e livros digitais sendo escritos e lidos hoje mais do que nunca. Não, os livros não serão completamente eliminados, os discos de vinil ainda estão por aí (uma nova loja de discos de vinil está abrindo na minha cidade). Mas por favor, não prenda a respiração por qualquer elemento do precioso ecossistema para que ele volte à força.

Estou traindo a minha tribo ao escrever estas palavras? Não estou discutindo se devemos jogar o ecossistema porta à fora, mas estou nos encorajando em não gastar muito tempo tentando salvá-lo. Primeiro, é uma batalha perdida, mas o mais importante, temos grandes oportunidades a nossa frente.

Há vinte anos atrás, Eu vi a web e escrevi à respeito. Eu disse que era uma imitação barata do Prodigy (*serviço online que oferecia a seus assinantes acesso a serviços como notícias, previsão do tempo, compras, bancos e etc), mas mais devagar e sem nenhum modelo de negócio. Sob certo aspecto, eu não tinha visto. Mas grande parte de mim queria que o Prodigy (meu cliente) prosperasse com um modelo de negócios que eu entendia. Como resultado da minha arrogância, eu perdi a oportunidade de sair na frente numa mídia novinha em folha.

Eu temo que nossas conexões culturais e corporativas com os livros nesse sistema de entrega nos cegue com relação as alternativas.

Eu não sou tão amargo como eu poderia ser, por conta da forma como negociamos nossos livros em algumas fabulosas alternativas misturadas a perda de tempo. Mas sim, depois de 500 anos, depois de termos construído não uma, mas várias indústrias em torno da criação, publicação, distribuição e estocagem de livros, estou muito nostálgico.

Posso chamar este artigo de "um fim" e não "o fim" do livro. Como sempre, nós vamos reinventar. Continuamos a precisar de ideias, e ideias precisam de lugares para serem guardadas. Nós desenvolvemos muitas e muitas maneiras para que as ideias viajassem e tivessem impacto, e agora cabe a nós descobrir como construir um ecossistema em torno delas.

* Nota do tradutor
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Texto original em Seth's Blog

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

O fim dos livros (parte 1)

 Os livros, esses documentos feito de calhamaços de papel, são parte de um ecossistema, um que era perfeito, e que está morrendo, rapidamente.

Ideias não vão embora tão cedo, muito menos as palavras. Mas, assim que o ecossistema morre, não somente os sistemas corporativos existentes em torno do livro de papel vão murchar, mas muitos dos elementos preciosos de seu consumo vão desaparecer também.

AS LIVRARIAS como as conhecemos estão condenadas porque muitos destes estabelecimentos  vão começar a ganhar cada vez menos dinheiro a cada dia. E é muito difícil sustentar perdas diárias por muito tempo, particularmente quando você está pouco capitalizado, não pode usar a loja como chamariz e não vê uma luz no fim do túnel.

A morte das livrarias está sendo causada pela migração dos livros para os ebooks, ou livros digitais,  (nem todos os livros se tornarão ebooks, apenas o suficiente para fazer pender a balança) assim como a melhor alternativa para se comprar e escolher livros online. Se o papel de uma livraria é estocar cada livro e vendê-lo a você barato e rapidamente, as livrarias já estão falidas.

A BIBLIOTECA está mancando, em parte porque muitas delas sucumbiram em ser uma alternativa gratuita ao Netflix ou da "falecida" Blockbuster. Como cada vez menos pessoas mergulham no mundo dos livros impressos, as bibliotecas não terão chance a não ser parar de estocar este mar de itens caros e de tão pouco uso.

A EDITORA TRADICIONAL é culturalmente ligada as livrarias. Estas são os seus clientes, não você, o leitor (já tentou chamar de consumidores dentro de uma editora?). Assim que as livrarias desaparecem, e a natureza dos ebooks que recompensa os indivíduos e movimenta rapidamente pequenas entidades, muitas das tradicionais editoras vão ver que suas habilidades particulares não são mais valorizadas como eram antes.

TAREFAS ÚNICAS é um anacronismo. Assim que os ebooks foram para Kindles e iPads, a magia de ler foi ameaçada pela oportunidade  de checar ("só por um segundo") o email, o Words with Friends ou a mensagem de texto.

LER POR PRAZER foi amplamente acabado pelas últimas quatro gerações atrás por filosofias educacionais desastrosas. Quando trataram o livro como "dever de casa" ou como punição, criamos pessoas que não buscam a leitura. Mais de uma vez, amigos me disseram,"você devia estar satisfeito, eu consegui ler o seu novo livro até o fim".  Meu palpite é que ninguém diz isso a  Laurence Fishburne sobre seu novo filme. Não existe realmente o problema da pirataria com ebooks porque a maioria das pessoas não acha que livros valem à pena serem roubados.

A AMADA ESTANTE ou parede com livros não é mais tão folheada nem tão respeitada como era antes. Nós somos menos propensos a julgar alguém por sua posse e conhecimento de livros do que em qualquer momento nos últimos 500 anos. E aquela prateleira que criou justaposições, possibilidades e induziu você quando você precisava ser induzido. Há dez gerações atrás, apenas os ricos e os cultos tinham livros. Hoje, eles estão lá de graça em cima da mesa dos reciclados.

(Continua...)
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Texto original em Seth's Blog

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Seu primeiro erro pode ser assumir que as pessoas são racionais


Seu segundo erro pode ser assumir que as pessoas anseiam por mudança.

E o terceiro erro que profissionais de marketing cometem é assumir que uma vez que as pessoas descobrem que você sabe como elas são, que elas vão escolher o que você escolheu.

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terça-feira, 13 de agosto de 2013

A exemplo dos EUA, governo tailandês quer espionar seus cidadãos

A polícia Real Tailandesa solicitou a empresa japonesa Lime acesso aos registros dos bate-papos do aplicativo. Ela alega que desta forma poderá monitorar ações suspeitas como tráfico de armas, prostituição, tráfico de drogas e os  líderes lèse-majesté (contrários a monarquia tailandesa).

Segundo o chefe da Divisão de Supressão de Crimes Tecnológicos (TCSD, em inglês), Pisit Paoin, a polícia quer descobrir quem está falando o que e declarou que irá "monitorar apenas aqueles que violarem a lei. Se você está usando o Lime e as redes sociais para violar a lei, então você nos encontrará, a polícia".

O Lime, que apresenta semelhanças com o WhatsApp, é um aplicativo japonês bastante popular na Tailândia com mais de 15 milhões de usuários. No entanto, o Lime não é a única preocupação da policia tailandesa. As redes sociais Facebook, Twitter e o WhatsApp também poderão ter as informações solicitadas pela polícia, afirma Pisit.

A Lime comunicou em nota que "desde que não recebemos nenhuma requisição formal da polícia tailandesa, não podemos dar nenhuma resposta às perguntas referente a este assunto". Triste, pois a Lime não disse nem que sim nem que não quando o assunto é a violação de informações pessoais de seus clientes.

O mau exemplo dado pelo governo de Barack Obama e sua agência de informações NSA, ao que tudo indica, despertou em outros países a vontade de espionar seus cidadãos violando um direito básico das pessoas: o sigilo de suas informações.

Lei também o artigo deste blog Novas SOPA's Virão

Fonte: Mashable

A amplificação da mensagem não é linear


Coloque dois alto-falantes próximo um do outro, e o som percebido não será duas vezes mais alto - e mesmo com dez vezes mais alto-falantes parece que não temos o som dez vezes mais alto.

Mas quando você ouve uma ideia de duas pessoas, conta como duas vezes se comparada se você randomicamente a tivesse ouvido apenas uma vez. E se você ouvir uma ideia de dez pessoas, o impacto é completamente fora da linha se comparado a apenas uma pessoa sussurrando-a em seu ouvido.

Coordenar e amplificar os evangelizadores da sua ideia é uma grande parte do segredo do marketing com impacto.

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Texto original em Seth's Blog

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Blackberry a procura de um comprador

A empresa canadense BlackBerry revolucionou o mercado de celulares ao lançar seu aparelhos inteligentes, modernos e incrivelmente versáteis. Neles, era possível navegar na internet como nunca antes, baixar aplicativos não-nativos e digitar texto no seu teclado QWERTY tão rápido como num PC. Isto foi há mais de uma década.

Hoje, na era pós-iPhone, os aparelhos da BlackBerry parecem relíquias de um passado distante. O touch-screen, os apps e a facilidade da Apple Store foram avanços que vieram rápidos demais para os executivos da empresa canadense. O crescimento dos aparelhos Android também.

Durante um tempo, os executivos da BlackBerry acreditavam ter uma sólida posição no mercado corporativos e as inovação vindas com iOS ou Android não os atingiriam. Afinal, ter um BlackBerry é sinal de status (até o presidente Barack Obama tinha o seu).

Contudo, o mercado passou a querer outros tipos de smartphones e desprezou as pequenas telas, o teclado QWERTY e a navegação por "mouse". A companhia viu seu market-share minguar à olhos vistos e todas as ações e lançamentos para recuperação do mercado não funcionaram. Alia-se a isto, estratégias de marketing confusas e campanhas publicitárias desastrosas. Até mesmo no lançamento de seu último aparelho, que levava consigo a esperança de recuperar parte do mercado perdido, o BlackBerry 10, a BlackBerry lançou um anúncio ineficaz, que não mostrava para seu público-alvo quais as verdadeiras inovações do dispositivo. A venda do aparelho, segundo a empresa, foi de 1 milhão de unidades.

Enfim, nesta semana a BlackBerry anunciou que está em busca de compradores. A empresa anunciou a criação de um comitê que estudará qual a melhor saída para a companhia.Segundo a agência de notícias Reuters, a BlackBerry manifestou o desejo de se tornar uma empresa privada. Esta notícia elevou as ações da companhia em 5%.

Fonte: Mashable

Por que não doar?


Não porque é feriado ou porque você vai ter uma dedução fiscal.

Não porque alguém se encaixa certinho no seu orçamento ou porque seu vizinho não será capaz de entrar numa maratona mesmo se você não o fizer.

Não porque tem uma criaça na sua porta com aqueles doces ou porque é uma semana de pagar as promessas.

E não porque você leu algo que apertou seu coração.

Agora, sem uma boa razão (e para toda boa razão), mesmo que seja apenas R$ 5. Escolha uma causa com que você se preocupa. E diga a um amigo.

E se todo mundo fizesse isso agora?

A generosidade é a sua própria recompensa. Vá em frente.

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Texto original em Seth's Blog

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Jeff Bezos, Amazon, Washington Post e games

Por Silvio Luis de Sá

Nesta semana, a Amazon chamou a atenção do mundo por duas vezes: primeiro, quando seu CEO e fundador, Jeff Bezos anunciou a compra do jornal Washington Post por US$ 250 milhões. Apesar de a compra não ser da empresa de Bezos, é impossível dissociar um do outro. Bezos é a Amazon e a Amazon é Bezos. Por isso, todos esperam uma pequena revolução no (decadente) mercado de jornais impressos. Foi o próprio Bezos que anunciou que iria "inovar e experimentar". O que isto quer dizer? Que provavelmente o WP será como nunca foi antes. O que isto representa? Ainda não sabemos...

A segunda expectativa do público com relação a Amazon veio de boatos publicados no blog Game Informer que, por meio de fontes anônimas, revelou que a gigante do varejo está preparando em segredo um console de games que rodaria na plataforma Android. O sucesso do lançamento do projeto OUYA, um console de game em plataforma Android,  na KickStater que arrecadou mais de US$ 8 milhões, apontou para uma latência no mercado para este tipo de games. As dificuldades enfrentadas pela OUYA para entregar seus consoles pode ser a brecha que a Amazon esperava.

Assim como a linha de dispositivos Kindle impulsiona a venda de livros digitais, um console de games faria o mesmo com os jogos comercializados pela Amazon. Se o Kindle cravou suas garras no mercado de e-readers e de tablets de baixo custo, fica a expectativa sobre o tamanho do "estrago" que a Amazon provocaria no disputadíssimo e fechado mercado dos games se os rumores se confirmarem.

Jeff Bezos, ao que tudo indica, continua surpreendendo o mercado, as pessoas e empresas. Com a morte de Steve Jobs, Bezos, ao lado de Peter Cashmore, Chris Anderson, Marissa Mayer e Mark Zuckerberg,  faz parte do hall de personalidades cujas decisões estão mudando o mundo dos negócios.

Fonte: Olhar Digital, Mashable, Wikipedia


Escolhendo ser formidável


Conhecemos muitas pessoas que são acidentes esperando para acontecer. O que seria o oposto disto?

O que estamos procurando num chefe, num CEO, num sócio de negócio, num candidato é a "formidabilidade". Alguém que podemos contar. Não alguém que não tem todas as respostas, porque ninguém tem todas as respostas. Não, queremos alguém que tenha a magia de fazer as coisas acontecerem.

Esta é a eletricidade que seguem os craques dos times. Não somos atraídos por eles porque eles são impassíveis, confiáveis ou certinhos. Não, é o senso de que eles tem domínio suficiente do conhecimento combinado com a visão e a paixão para criar raios quando quiserem. Sarah Caldwell era desse jeito, trazendo um senso de eminente possibilidade para o trabalho que ela deu.

Eles não ensinam ser formidável nas escolas. Eles ensinam obediência, rotina e talvez "jogo de cintura". Eles nos ensinam a ficarmos atentos aos atalhos e ganharmos mais com menos. Não surpreendentemente, os líderes formidáveis pegam o rumo oposto em todos aspectos. Eles estão dispostos e ansiosos para tomar o caminho mais longo, se este nos leva ao destino indescritível. Eles não precisam "se virar", porque a verdade como eles sabem, é o suficiente.

Só podem ter dois elementos críticos para se escolher em ser formidável:

1. Habilidade. A habilidade de entender o domínio, em fazer o trabalho, em se comunicar, em liderar, em dominar todos os detalhes necessários para fazer a sua promessa virar realidade. Todas essas são difíceis, mas insuficientes, porque nada disso importa se você não tem...

2. Carinho. A paixão para ver além. O desejo de encontrar a rota diferente quando a primeira não funcionar. A certeza que, de fato, existe um caminho, e que você se importa o suficiente para encontrá-lo. Incrivelmente, isto é uma escolha, não algo que você pode ser certificado.

Líderes formidáveis encontram as perguntas difíceis e, então, ao invés de ficar com medo de respondê-las, ansiosamente decidem em buscar as respostas. Eles vão fundo nos detalhes que importam e ignoram os outros que apenas distraem. Eles mordem mais do que outros podem mastigar, mas consistentemente evitam morder mais do que podem (porque eles se importam tanto, que doi admitir que você chegou ao fim).

Não é um sonho se você pode realizá-lo.

Paul Graham tem todo o crédito por cunhar o termo: "Uma pessoa formidável é alguém que demonstra que irá conseguir o que ela quer, não importando quais obstáculos ela terá no caminho". Uma leitura obrigatória para CEOs de Startups.

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Texto original em Seth's Blog

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

O ponto de estrangulamento



Cedo ou tarde, todas as empresas de mídia pública irão em busca do ponto de estrangulamento, o lugar onde eles podem encontrar o descanso em termos de atenção e monetização.

FACEBOOK contou a você e a todo mundo: construa seu conteúdo aqui no nosso site e nós faremos as coisas ficarem fáceis, para que, sem esforço, você compartilhe com seus amigos e os amigos dos amigos. Com o tempo, é claro, a confusão leva a menos compartilhamentos, e agora você pode pagar para que eles promovam seu trabalho para todas as pessoas que antes batiam lá de graça.  Eles tem o controle do recurso escasso (atenção) e estão construindo um negócio em torno dele.

LINKEDIN abordou vários blogueiros nos últimos anos e pediu a eles que contribuíssem com posts originais no site do LinkedIn. Em troca, eles direcionariam vários leitores para estes conteúdos. Claro, não é difícil de ver que em breve isto se tornará um jardim isolado, uma plataforma deles e onde eles podem cobrar uma tarifa. Eles tem o controle do recurso escasso (atenção) e estão construindo um negócio em torno dele.

GOOGLE cancelou o leitor RSS deles porque RSS é gratuito, um serviço que não estrangula, que é difícil colocar um preço. Por outro lado, quando você constrói sobre a plataforma deles, você se torna parte do ecossistema deles, a um clique de qualquer forma de receita. Eles tem controle sobre um escasso recurso (atenção) e estão construindo um negócio em torno dele.

Vale notar que o GMAIL descobriu (atuando, ao que parece, em nome dos usuários) como usar as guias para diferenciar emails "primários" e "promoções". Se você está acostumado a receber este blog por email, grande chance de você não tê-lo visto há algum tempo, isto porque, mesmo que não seja uma promoção, mesmo que você tenha assinado para recebê-lo, por padrão, não está na sua guia de promoções (fácil de consertar, a propósito,basta arrastar o email para a pasta principal). Enquanto estas guias provavelmente gravam para você os email que são, de fato, promoções, elas também fornecem ao Gmail um ponto de estrangulamento no futuro, porque as pessoas que controlam em quais guias os emails chegam são poderosas, na verdade.

Eu poderia seguir com outras empresas e outras plataformas, mas você já pegou a ideia.

Frequentemente, nós vemos que se você não é o consumidor, você é o produto. "Grátis" geralmente significa "você não manda". A corrida continua para ter a sua atenção.

O livro de Tim Wu sobre a história deste processo é uma leitura obrigatória para quem faz mídia.

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Texto original em Seth's Blog

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

"Oh, isto é só um pedaço que alguém juntou..."



Sobre todas as grandes decisões, inovações e soluções perfeitas que te rodeiam não começaram deste jeito.

Eles não foram o resultado de um comitê de dez pessoas que cuidadosamente consideraram todas as opções, testaram as mais razoáveis e aplicaram uma implementação de cima-para-baixo que funcionou perfeitamente.

[A ideia por trás da Amazon, da logo do Mailchimp, a abordagem médica para leucemia infantil, o celular, o forno de microondas, email marketing ético, Johnny B. Goode, o Super Bowl, Kiva, asas de frango do Buffalo...]

Não, eles foram resultados de uma só pessoa, uma pessoa num engarrafamentoo ou com pressa ou inspirada de alguma maneira. Uma pessoa tirando cara-ou-coroa, aprimorando um pouco mais ou dizendo "isto pode não funcionar" e então dá um salto.

Investir não é a parte difícil. As ideias que mudam o mundo estão mudando o mundo porque alguém se interessa o suficiente para botá-la para fora, para bajulá-la, levá-la a diante e se envolver. Mas, embora o investimento não seja a parte mais difícil, ele nos assusta.

Antes de você dizer a você mesmo que não tem o direito para inventar isto ou melhorar aquilo, lembre-se que a pessoa antes de você também não tinha, mas fez assim mesmo.

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Texto original em Seth's Blog

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Os sofisticados


Todas as profissões os criam. Médicos e advogados, claro, mas também palestrantes, programadores e peões de rodeios.

O sofisticado é aquele que está do outro lado do abismo e o picareta, o amador, o novato auto-destrutivo estão do outro.

O sofisticado sabe como andar, como falar e como se preparar, mas a maioria, sabe como engajar-se conosco num modo que amplifica seu profissionalismo. Nós gastamos meses em escolas de negócios, em cursos médicos e em acampamentos ensinando pessoas a serem parte desta tribo, para estabelecer que elas são, de fato, parte do grupo.

As pessoas que ficam de fora de uma feira comercial, aqueles que são rejeitados em todo emprego ao qual se candidata sem se quer ser chamado para uma entrevista, os que não ganham nossa atenção nem nossa confiança - isto necessariamente não é porque essas pessoas não tenham talento, é simplesmente porque elas não investiram tempo ou não tiveram coragem de atravessar o abismo para o lado das pessoas que são o verdadeiro negócio.

É divertido fazer um programa de TV com aquele que é o "peixe fora d'água", o estranho que é realmente muito bom em seu ofício. Mas na vida real, ser peixe fora d'água não é nada bom.

Sim, agir como um profissional pode ser até mais importante do que ser realmente bom naquilo que você faz. Quando tiver a opção, faça os dois.

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Texto original em Seth's Blog

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Cores ou Números?


Assim que medimos algo, buscamos melhorar os números.

Que é o esforço vale a pena, se números melhores são o foco do exercício.

O outro caminho é focar em cores, não em números.  Ao invés de medir, por exemplo, quantas pessoas clicam num link, podemos medir como algo que você escreveu ou criou encantou ou desafiou as pessoas... Você pode ver as mudanças em emoções, na melhoria da dignidade ou a lançar luz.

As perguntas que fazemos mudam as coisas que fazemos. Empresas que não estão fazendo nada a não ser medir os números raramente criam inovações. Criam simplesmente, melhores números.

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Texto original em Seth's Blog


sexta-feira, 2 de agosto de 2013

A barreira do consumo de midia digital entre TV e internet foi quebrada


O dado é inédito: nos Estado Unidos, as pessoas que consomem mídia digital ficam mais tempo na internet do que na televisão. De acordo com estudo realizado pelo eMarketer, o americano médio gasta 4 horas e 40 minutos do seu dia na internet - entre dispositivos móveis e desktops - superando o tempo gasto assistindo TV, de 4 horas e 31 minutos.

Apesar da diferença apertada, a relevância dos números se dá por conta de uma tendência constatada a partir de 2010. A popularização da internet móvel e dos aparelhos mobile é o marco crucial para esta mudança de comportamento do público americano. E temos razões para acreditar que o mesmo ocorrerá por aqui.

Para se ter uma ideia da velocidade desta mudança, em 2010, a eMarketer apurou o tempo gasto pelo americano médio na internet usando celulares. O resultado foram modestíssimos 24 minutos. Ou seja, em três anos, este tempo aumentou mais de cinco vezes.

No Brasil, o mercado de tablets e smartphones cresce a uma taxa vertiginosa. Dados da empresa Flurry, especializada em análise de mercado mobile, em abril deste ano constatou que o número de aparelhos dobrou nos últimos 12 meses - isto mesmo, 100% de aumento. Crescimento muito semelhante, aponta a Flurry,  também ocorreu nos outros países do BRIC (Rússia, Índia e China). Nos demais países da América Latina e da África o crescimento do mercado mobile foi menor, porém não menos significativo.

Talvez a revolução da internet móvel repita com a televisão o mesmo que ocorreu com a mídia impressa onde revistas tradicionais, como a Newsweek, e jornais centenários, como o brasileiríssimo JB, simplesmente deixaram de existir fisicamente e migraram integralmente para os bytes da Grande Rede.



Fonte: Mashable , eMarketer Exame

O oposto da ansiedade


Eu defino a ansiedade não-patológica de: "experimentando o fracasso por antecipação". Se você está ocupado "ensaiando" um futuro que ainda não aconteceu, amplificando os piores resultados possíveis, não é à toa que fica difícil entregar o trabalho.

Com desapontamento, eu percebi que a nossa cultura não encontrou uma palavra fácil para o oposto a isto. Em experimentar o sucesso por antecipação. Em visualizar o melhor resultado possível antes de ele acontecer.

Seu livro ganhará uma ótima crítica? Escreva sobre isto. Seu discurso fará com que alguém da plateia se mova em direção a mudança e você ficará sabendo? O que eles dirão? Este novo produto ganhará espaço nas prateleiras no mercado local? Imagine a cena.


Escrevendo-se cartas de fãs com antecedência e retratando a mudança que você anunciou e que está tentando fazer é uma forma eficaz de se pressionar para construir algo que realmente gera a ação.

Uma razão pela qual é difícil fazer estas coisas é porque temos uma falsa modéstia que nos faz a evitá-las. A outra é que quando confrontamos com o possível sucesso, nós temos que encarar o fato de que nosso plano atual não é bom o suficiente (ainda!), que este site ou aquele item do menu realmente não é tão bom quanto precisaríamos que ele fosse.

Se você espera a rejeição, é muito mais fácil entregar um trabalho porco. Disto isto, fica claro que esta é uma estratégia ridícula. Melhor para fazê-lo grande agora ao invés de lamentar o fracasso mais tarde.

Vá em frente. Escreva para você mesmo algumas cartas para os fãs, com antecedência.

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Texto original em Seth's Blog