quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Novas SOPA's Virão

O que justifica uma iniciativa tão radical como o SOPA em um dos países mais liberais do mundo? O medo! O medo de não entender como um modelo de negócio que funcionava tão bem há um século deixou de gerar os enormes lucros de outrora. O medo de perder não apenas dinheiro, mas também poder. O poder da escolha, que sempre ficou nas mãos dos poderosos da industria do entretenimento que agora está escorrendo pelos dedos como areia. O poder da escolha está vindo para nossas mãos e isso eles não compreendem e tentam proibir.

Esses poderosos homens do poder estão buscando a solução de sempre quando se sentem ameaçados: a censura, a proibição e o controle. O curioso é ver tal atitude num país que se diz liberal e defensor da liberdade de ideias. O controle proposto pela SOPA se assemelha à censura imposta à internet em países ditatoriais como China, Irã e Cuba países estes criticados em altos brados pelo Estados Unidos.

Os poderosos donos do poder alegam que a internet, ao disseminar conteúdo nas redes sociais, blogs e sites, violam à lei dos direitos autorais e, por isso, são ilegais. Contudo, o que eles não veem é que não se pode controlar este tipo movimento. Bloquear os DNS de quem hospeda estes conteúdos (como propõe o SOPA) não irá impedir esta proliferação. O que estes poderosos homens do poder não perceberam com seus olhos míopes é que o verdadeiro direito à ideia vem do compartilhamento, da conectividade e da interação. O negócio hoje não reside apenas na produção de conteúdo, vai além e consiste em cativar e entender cada cliente, cada consumidor que aprecia, assite e interage com o produtor deste conteúdo. Este é o verdadeiro ativo que as empresas tem que conquistar. Feito isto, o consumidor comprará e tornar-se-á parte integrante e fundamental deste novo modelo de negócio.

Enquanto a compreensão do Novo Marketing não entra na cabeça dos poderosos, vivenciaremos iniciativas autoritárias e controladoras como a SOPA. Enquanto não aparecer um homem de negócios, como Steve Jobs, que revolucionou a industria fonográfica, sofreremos com a visão de executivos que insistem em olhar para o passado. Por isso, devemos mostrar nossa insastifação e buscar atitudes que procurem barrar leis deste tipo. Lutemos pelo que acreditamos...