quinta-feira, 15 de setembro de 2011

"A zona de conforto offline é uma ilusão"

Os consumidores estão assumindo diversos papéis na sua relação com as empresas. As facilidades tecnológicas tornaram viáveis qualquer forma de expressão midiática. Até comerciais piratas ou remixados estão sendo produzidos fazendo-se uso das marcas e nomes das empresas. Se há qualidade nestas produções é discutível, porém, o que está claro é que elas são uma forma de mídia que pode influenciar pessoas muito além do universo digital.

A internet vem provando ao longo dos anos que quando um assunto atinge sua "massa crítica" torna-se um verdadeiro fenômeno de audiência e não há nenhum controle sobre isto. Porém, a velocidade destas ideias e como elas tornam-se parte da vida das pessoas parece influenciar muito pouco a decisão das empresas em mudar suas abordagens tradicionais mais lentas e mais distantes daquilo que o consumidor conhece como inovador.

Como, então, as empresas podem se aproximar destes consumidores? De que forma tornar-se relevante para eles? A resposta é a mesma de sempre: estreitando seu relacionamento com os clientes. O que mudou é a forma como relacionar-se. Para um consumidor mais exigente, interativo, consciente e plenamente informado a empresa precisa se relacionar de forma direta e verdadeira. Não há espaço para duas versões: se a empresa errou, deve dizer isto ao seu cliente sem meias palavras, sem porta-voz e, de preferência, pelo seu gestor ou presidente. Onde isto deve ser dito? No mesmo ambiente onde este consumidor costuma estar: nas redes sociais, nos blogs, no site da empresa, nos jornais on-line, nas propagandas de tevê, nos podcast.

As pessoas frequentam todos os lugares, físicos e digitais. Se sua empresa quiser, de fato, atingir estes consumidores tem que ter a mão todas as armas de comunicação de marketing disponíveis.  A negação em participar deste movimente é perigoso. De acordo com a Analista de Marketing, Nice de Paula*, "com as mídias sociais, as relações se estreitam não mais através de mecanismos controláveis pela organização, mas sim dentro da internet que dá liberdade, unidade e pertencimento aos clientes". O consumidor fala o que quiser, como quiser e a quem quiser, contudo "administrar tal reação demonstra preparo e maturidade para lidar com situações adversas, por parte da organização. Estar fora das mídias sociais não a isentará de críticas e 'ataques' dentro das mesmas e, pior: a impedirá de fazer uma medição da repercussão que isso poderá ter", alerta a analista.

A gestão de uma pluralidade em comunicação de marketing é o importante passo que as empresas devem dar em direção à compreensão da mensagem que atenda as necessidades e anseios do consumidor . A simples presença nas mídias digitais não garante qualidade de relacionamento, mas já é um avanço. A ausência pode ser um erro grave. "A zona de conforto offline é uma ilusão", conclui a Nice.


* fonte: Atalho Cognitivo (http://atalhocognitivo.blogspot.com/2011/07/os-seus-os-meus-os-nossos-clientes.html#comment-form)



4 comentários:

  1. Olá, Silvio. Registro o primeiro dos muitos comentários que pretendo fazer por aqui. Muito boa a reflexão. É muito difícil uma empresa se manter longe das redes sociais ou espaços online. É como querer não ver um turbilhão de coisas acontecendo entre oportunidades e ameaças para a própria empresa.
    Muito interessante a presença da visão de Nice de Paula. Ela tem visões muito interessantes e inteligentes sobre marketing.

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  2. Concordo, mas é surpreendente como há empresas querendo ficar alheias a esta tendência. Esta é a razão do post: alertar para inevitabilidade da presença digital das organizações.

    Faço dos artigos da Nice referências para as minhas reflexões. Sem dúvida, relevantes e inteligentes.

    Obrigado pelo comentário. Será sempre bem-vindo.

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  3. Silvio, adorei sua reflexão e a maneira que citou o texto do Atalho Cognitivo, então? Mais profissional impossível.
    Realmente fiquei feliz demais com esse post que considero como sendo um presente. Adorei o comentário do Empreendedorismo Sustentável e fico feliz em ver que meu trabalho está indo pelo caminho certo. Aprendo todos os dias e espero que isso jamais tenha fim porque ninguém sabe demais sobre nada, ainda que seja um especialista.
    Eu, realmente, curto seus textos!
    Mais uma vez, obrigada de coração =)

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  4. "O mundo não é nosso, apenas pegamos emprestado do nossos ", Hebert de Souza - Betinho.
    Eu pego emprestada toda a informação saudável e compartilho.
    Sou muito grata aos editores, redatores ,publicitários....tenho aprendido muito com voces.

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