segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Comunicação 360º

A comunicação integrada de marketing, ou CIM, que vimos no post passado, objetiva construir uma abordagem planejada de como chegar ao público-alvo identificando-o e definindo a linguagem através da qual devemos atingi-lo; apontando e definindo a resposta esperada deste público-alvo; selecionando a mensagem e determinando as mídias para, no final, coletar o feedback e analisar os dados.

O profissional de marketing deve alinhar as estratégias do CIM para ter o direcionamento correto no levantamento das questões que envolvem uma estratégia de comunicação que misture mídias, veículos e abordagens diferentes para envolver o público-alvo e transmitir a ele sensação de envolvimento da marca/produto/serviço no universo onde ele transita. Este mix de comunicação, ou seja, a combinação de áreas como propaganda, relações públicas, assessoria de imprensa e marketing é chamado por Mariana Oliveira de comunicação 360º.

Um profissional de marketing com visão estratégia consegue, por meio de ambas as ferramentas construir uma comunicação mercadológica muito mais eficiente, moderna e em alinhamento com as exigências do consumidor atual saturado por milhões de mensagens publicitárias a cada dia. Só com um planejamento adequado das ações de comunicação alinhado com ferramentas integradas de marketing será possível chamar a atenção deste consumidor e cativá-lo. Não adianta mais as empresas tocarem a música, elas tem que seduzir o consumidor e chamá-lo para dançar; se a abordagem for correta, ele aceita o convite.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Comunicação Integrada é o Diferencial

As mídias sociais trouxeram, sem dúvida, uma facilidade muito grande para os profissionais de marketing quanto ao acompanhamento de companhas, pesquisa do público alvo e coleta dos feedbacks. A agilidade na interação nestes meios é um ganho substancial em termos de custos e velocidade de resposta. Contudo, as mídias sociais, por si só, não são revolucionárias quando falamos de acertividade publicitária, branding, marketing. Por mais interativas, inovadoras e abrangentes que elas sejam, as mídias sociais são apenas o meio e não o fim.

Profissionais de marketing precisam ficar alertas para não cair no canto das sereias que parece ser o mercado publicitário que estas  mídias oferecem. O foco no canal de divulgação não é garantia de sucesso. Os conceito de marketing não podem ser totalmente subvertidos; eles evoluíram mas continuam aí balizando o conhecimento e orientando profissionais e empresas em busca da conquista do cliente.

As etapas para construção de campanhas de sucesso partem do inicio primordial do marketing: identificar o público-alvo. É necessário para o profissional de marketing ter uma clara ideia de quem ele deve atingir para direcionar o que será dito,  para quem será dito e de que forma; avaliar qual resposta deve buscar com a campanha e qual interesse deve despertar no receptor. Em seguida, selecionar a mensagem procurando captar a atenção, o interesse, o desejo e a ação daquele que a recebe.

Só então estaremos preparados para escolher quais mídias utilizar. Neste ponto é necessário refletir sobre o uso das redes sociais, das mídias digitais e sobre a eficiência e alcance delas junto ao público-alvo, se ele trasita e interage com o veículo e se a empresa ou a marca para qual e campanha está sendo criada está presente nestas mídias. A gestão de comunicação dos diversos veículos cria um guarda-chuva de exposições ao cliente que percebe, mesmo que institivamente, a integração das mídias entre si e a forma como a campanha o atinge. A chance de sucesso é maior.

Não podemos esquecer da coleta dos feedbacks para corrigir possíveis falhas e avaliar o impacto da campanha sobre o público. As métricas são fundamentais para determinar se os objetivos traçados foram de fato atingidos. Marketing não é para aventureiros ou curiosos, é para quem tem conhecimento das complexas relações entre clientes e empresa possuindo sensibilidade e expertise necessárias para construir relacionamentos mercado/público-alvo duradouros e positivos para as empresas.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

A Internet precisa da TV ?

Existem negócios que precisam de divulgação de massa. Caso sua empresa produza, venda ou comercialize produtos comuns para pessoas comuns  (Seth Godin, "Sundae de Almôndegas", Ed. Senac Rio, 2010), sem dúvida, a TV ainda é bastante atrativa. Esta empresa necessita atingir milhões; de todos os nichos, de todos as classes e em todos os lugares. A internet, neste caso, é apenas mais um meio de divulgação onde seus produtos precisam ser alardeados; é mais uma mídia para o gerente de marketing se preocupar e reservar uma pequena parte da verba. E provalvemente esta função é desempenhada por um assistente de marketing que, com traquejo na web, será o responsável em fazer esta divulgação.

Num cenário como este, vemos que é difícil para a maioria dos negócios perceber que os tempos são outros e que mudanças avassaladoras no hábito de consumo das pessoas estão acontecendo. Claro que há certos produtos que precisam ser anunciados para as massas; não estamos vivendo o fim da TV como principal veículo de propaganda, mas estamos presenciando sua perda de poder e de importância num mundo onde o consumo está migrando para cliques e o desejo do consumidor está, a cada dia, mais particular e personalizado.

A TV é ruim para atingir a nichos de mercado. E hoje encontramos micro-nichos onde grupos restritos de pessoas compartilham desejos bem específicos, porém estão dispostas a pagar caro para atender aos seus anseios consumistas. Neste mercado, a internet é promissora. Ela é o principal (senão, único) meio de atingir estes grupos. Analisemos a Amazon.com: nenhuma livraria se compara a ela, no mundo físico isto é impossível porque a Amazon atende a vários nichos, todos os nichos e micro-nichos do mercado literário. Nela, pode-se comprar todos os best-sellers a venda em qualquer livraria da esquina além de livros específicos, muito específicos! E a Amazon não precisa de TV para fazer anúncios. Ela precisa, sim, aparecer nas buscas Google, Bing e Yahoo quando internautas digitam seus desejados livros nestes sites.

Somente novos negócios terão sucesso no Novo Marketing; negócios que tragam gravados no seu DNA os conceitos e desejos dos consumidores deste novo mercado mundial digital cibernético que é a internet. Não dá para "adaptar" um empreendimento de sucesso do século XX para os padrões de consumo do século XXI. É necessário recriá-lo, reconstruí-lo, repensá-lo! O mercado tradicional como conhecemos não vai morrer; vamos sempre necessitar de produtos de massa, comuns. O que se revela é que estes negócios não serão mais tão atrativos ou lucrativos como foi no passado. Ou não serão daqui a bem pouco tempo. Como mostra este video no blog de Erick Waldstein,  compreender o mundo será compreender esta geração que está vindo aí mudando tudo. Os negócios também tem que mudar!

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Será que sua raiva está matando sua arte?

É raro encontrar uma pessoas que é constantemente criativa e perspicaz que também seja uma pessoa irritada ou com raiva*.

Eles não podem ocupar o mesmo espaço, e se sua raiva entrar, sua generosidade e criatividade tem que sair. É difícil usar a vingança ou  animosidade como combustível para um grande trabalho.

Ironicamente, quando vocês decide ensinar alguém uma lição que eles realmente mereçam, você acaba sufocando a própria fonte com a qual estava contando.

(*uma pessoa irritada ou com raiva não quer dizer ser um idiota. Por alguma razão, existe uma penca de idiotas criativos - eu acredito que eles erroneamente acreditam que ser idiota é um jeito útil de lutar com seus cérebros de lagartixa).


(por Seth Godin, tradução Silvio Luis de Sá)

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Novo Marketing e a Juventude

Novo Marketing é muito mais que novidades tecnológicas ou rede de relacionamentos digitais. Novo Marketing é o conceito de mundança de comportamento nas mais diversas áreas como arte, música, esporte, entretenimento, política, economia, tecnologia ou qualquer outra que se possa imaginar. O Novo Marketing permeia os nossos novos e velhos relacionamentos, manifesta-se nos nossos costumes e nossas atitudes e consolida-se quando, de fato, compramos on-line, lemos notícias em movimento e postamos ideias e imagens de nossas vidas.

O novo marketing é o novo mundo! O mundo de uma juventude fascinante, pluralizada e conectada, ansiosa por subverter as regras e dogmas antes sólidas do século passado. O curioso é que esta juventude faz isso sem perceber a revolução de valores a qual está submetendo a sociedade moderna. Quem não perceber isto vai perder o trem-bala de história. Vai deixar passar ao vento uma das mais maravilhosas evoluções sociais de todos os tempos. Hoje, entender os jovens é entender o mundo que está a nossa volta.

Entender o  Novo Marketing, o novo mercado e o novo consumidor é, antes de tudo,  ouvir, ler, assistr e dialogar com esta juventude. Eles são os catalizadores destas mudanças e são eles que apontam para onde o mercado vai, como iremos consumir e o que vamos desejar. Já não cabe mais, por exemplo, para esta juventude estar conectada e não ser móvel. Mobilidade com conexão é o que eles almejam: andar e postar fotos, correr e enviar imagens, pedalar e ouvir música (compartilhando a trilha sonora, claro). Se você pretende mostrar sua marca, vender seu produto ou anunciar um serviço, terá que fazê-lo enquanto estes jovens movimentam-se por ai. Descubra um jeito!

Mas não é apenas isso, é muito mais. É um novo jeito de fazer negócios, de criar empresas e construir carreiras. Marketing sempre foi observação e continuará sendo. Está na sua essência! O que mudou foi onde observar e a quem observar para, desta forma, vasculhar seus anseios e suas carências e, em seguida, tentar anterver e presentir o que eles querem oferecendo-lhes nos meios e na forma como eles desejam.

Contudo, este não é o ponto final. Lembre-se que os jovens transformam em mídia toda espécie de relacionamentos que eles constroem. Então, procure entrar nesta mídia, criar com seus jovens consumidores canais de troca, não de avaliação; interagir com eles é estar preparado para todo tipo de crítica e comentários. Isto é positivo, pois é assim que eles se comportam! Não tente ter controle e sim uma participação clara, concreta, verdadeira e direta. Não há espaços para interlocutores ou porta-vozes. Temos que ser autênticos como eles.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

O Klout Aponta para Integração das Principais Redes Sociais

O Klout, para quem não conhece, é um dos principais serviços de métricas na web. Seu site permite que usuários de redes sociais saibam como andam sua influêcia. Digitando seu username do twitter (não dá para escapar dele!) na página do site permite que o Klout dê uma nota para o seu perfil, que varia de 0 a 100, e lhe dê um "título". Este título que é o grande diferencial do serviço onde normalmente apenas números são apresentados. No Klout, um perfil menos conceituado pode ser observer, explorer, feeder entre outros. Já os mais influentes podem ser rotulados de thought leader, pudit, celebrity ou outros.

A partir do último dia 10, o Klout está integrando outras redes sociais ao seu processo de métrica. Antes, somente o twitter e facebook eram contabilizados na graduação do usuário. A partir de agora as redes LinkedIn, Foursquare, YouTube, Instagram, Tumblr, Blogger, Last.fm e Flickr também vão contar pontos para os usuários. Quem tiver perfils cadastrados nestas redes sociais (e integra-las ao Klout, claro) serão reavaliados e podem ter sua nota alterada.

Esta decisão de um serviço de métricas como o Klout mostra claramente que a integração é uma forte tendência entre as redes sociais. Indica que perfils casuais terão cada vez menos influência nas redes. Uma empresa que pretenda ter, de fato, uma presença sólida e influente neste mercado, necessita de profissionais de marketing digital. Não há lugar para aventureiros e amadores. Ou, como diz o Klout, observers ou dabblers.

Marketing Digital é Apenas o Meio

Nesta semana vi, procurei e estudei muito sobre as ferramentas de métricas na web, principalmente as que vasculham e medem nossa influência nas principais redes sociais. Encontrei muita coisas interessante e produtiva que, de fato, nos auxiliam na melhor maneira de construirmos redes de contatos relevantes.

Contudo, encontrei num artigo de @Midiatismo o valor de tantos contatos, tweets, likes, follows e etc: uma causa, uma ideia, uma paixão. É isto que vale! Caso não tenhamos algo a defender apaixonadamente, de pouco vale as redes sociais das quais façamos parte. Segundo o artigo, " É a paixão que faz de uma pessoa uma mídia, capaz de envolver e atrair outros".

Empresas, profissionais, estudantes, pesquisadores ou quem quiser fazer parte deste incrível mundo digital tecnológico deve, antes de tudo, ter em mente o que pretende enriquecer ao entrar nele, o que compartilhar, a quem ajudar e como melhorar a vida das pessoas porque, no final das contas, é disso que as redes sociais são feitas, de pessoas com ideias e paixões.

Depois sim, procure como entrar e disseminar as suas ideias e expectativas. E vamos lhe mostrar como fazer isto...

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Consumidores e Criadores

Há 50 anos atrás, a razão é de um milhão para um.

Para cada pessoa que aparecesse no noticiário ou no horário nobre, haveria um milhão de espectadores.

A explosão das revistas trouxe esta taxa para 100.000:1. Se você escrevesse para uma das grandes, você influenciaria diversas pessoas. A maioria de nós éramos consumidores, e não criadores.

A TV à cabo e publicações independentes fizeram a taxa cair ainda mais, de 10.000 para 1. Você pode ter um programa sobre pescarias ou ensinar pessoas a fazer sanduiches e doces. A pequena estrela nasceu.

E agora, é claro, quando é fácil ter um blog, ou uma conta no YouTube ou espalhar suas idéias ao mundo por meio das mídias sociais, está taxa deve estar em torno de 100:1. Para cada pessoa que vende no Etsy, existe uma centena de compradores. Para cada pessoa que tweeta ativamente, há cem outras que consomem estes tweets. Para cada centena de visitantes do Squidoo, existe um novo usuário criando páginas.

Como ficará o mundo quando nós tivermos esta taxa próxima de zero?
 
(por Seth Godin, tradução Silvio Luis de Sá)

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Sem Métrica, Marketing Digital Não Existe


A Nissan arrebentou! A montadora japonesa criou esta semana uma criativa campanha combinando anuncio de TV, filme no YouTube e sua página institucional do Facebook sobre uns fofinhos, mas irritantes, pôneis malditos. A campanha compara a força, medida em cavalos, das demais picapes a pôneis enquanto a da Nissan tem cavalos de verdade. O filme bombou. O mais impressionante nesta campanha são os números: em três dias, mais de um milhão de acessos no YouTube (e subindo), página no Facebook com outros tantos. 

O que, de fato, mostra o sucesso da campanha são os números que ela apresenta.  Parece óbvio, mas nem sempre o óbvio é lembrado em campanhas digitais. A necessidade de medir o impacto de uma ação de marketing é tão importante quanto à campanha em si. Na verdade, em se tratando de campanhas por meio de redes sociais, as métricas são imprescindíveis.

A boa notícia é podemos medir quase tudo na web, de retweets a acesso a blogs, sites e fan pages. E de graça. Várias ferramentas como o HootSuite, TweetDeck ou Bitly oferecem gratuitamente ferramentas para medir o alcance de nossas palavras. E só com o monitoramento diário que teremos subsídios para alterarmos o curso de uma campanha caso não tenhamos o resultado esperado. Falaremos mais sobre estas interessantes ferramentas de métricas na web. Até mais!